A especialidade de DTM tem cerca de 1.300 dentistas cadastrados e foi reconhecida pelo CFO em 2002, sendo, portanto, considerada nova.
Essa área de atuação tem por objetivo promover e desenvolver conhecimento científico visando a melhorar o diagnóstico e o tratamento das dores e distúrbios do sistema mastigatório, região orofacial e suas estruturas relacionadas.
As áreas de competência da especialidade, segundo o CFO, são:
- diagnóstico e prognóstico das dores orofaciais complexas, principalmente aquelas de natureza crônica.
- diagnóstico e prognóstico das disfunções temporomandibulares.
- participação de uma equipe multidisciplinar de dor em diferentes instituições, como as clínicas, hospitais e consultórios da área de saúde, assim como em locais de ensino e de pesquisa.
- realização de estudos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais das disfunções temporomandibulares e dores que se manifestam na região orofacial.
- controle e tratamento das dores orofaciais e disfunções temporomandibulares.
Um dos grandes destaques da atuação do profissional dessa área é, a partir de um diagnóstico e de tratamentos específicos, adotar medidas que buscam evitar as complicações, como a cronificação da dor, que é considerada bastante complexa devido à sua subjetividade.
As causas das dores e distúrbios são completas e multifatoriais, podendo estar relacionadas a condições biomecânicas e neuromusculares, além dos fatores psicossociais e hormonais.
Dentre os tratamentos adotados, o profissional poderá propor mudanças de hábitos, terapia física, terapia medicamentosa e placas interoclusais, assim como os procedimentos cirúrgicos, que sob a ótica do especialista em DTM e dor orofacial deverão ser indicados em raríssimos casos.
O tratamento traz bastante diferença na qualidade de vida do paciente, pois a dor prejudica a função física e mental, podendo demandar tratamentos onerosos e reduzir a produtividade.
A prevalência dos sinais e sintomas é maior em mulheres do que em homens, sendo que a maior parte dos acometidos possui entre 20 e 44 anos, ou seja, estão em idade reprodutiva. A literatura aponta a questão hormonal como umas das explicações.
É essencial para o cirurgião-dentista, principalmente nas áreas da ortodontia, cirurgia bucomaxilofacial, prótese e da reabilitação, que entenda a fundo o funcionamento da ATM e saiba diagnosticar e tratar casos de DTM, oferecendo aos pacientes um tratamento de excelência.
Segundo o especialista Prof. Rodrigo Wendel (CRO 5634-DF), há uma tendência na conscientização da população e dos profissionais da área da saúde, o que deve aumentar a demanda de pacientes nos próximos anos.